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Prefeito não dará aumento nem tenta reduzir impostos
23 de Julho de 2013

Vinícius Severo, Jornal O Correio, 23/07/2013

O prefeito Neiron Viegas decidiu fazer jogo duro com a concessionária de transporte coletivo de Cachoeira do Sul, a TNSG – e antecipou uma negativa ao pedido de reajuste protocolado pela empresa na última sexta-feira. O pedido era aumento na passagem de R$ 2,40 para R$ 2,56.

Os 7% de reajuste pedidos faziam inclusive parte de acordo da empresa de transporte coletivo com seus cerca de 160 funcionários, já que o percentual de aumento que fosse concedido pela Prefeitura seria repassado aos colaboradores. Com a negativa do Município, a direção aguardará nova assembleia da categoria amanhã, para ver se será aceita uma proposta de repassar as publicidades aos funcionários.

Neiron fez questão de enfatizar, em meio ao primeiro encontro do Conselho Municipal do Transporte Urbano, que não daria reajuste, nem atenderia pedido de isenção de tributo da empresa. O Comturb será um órgão de aconselhamento do governo, mas ainda não está oficializado legalmente. Apesar das negativas, em seu discurso, o prefeito afirma que deseja ser parceiro da empresa: “queremos ajudar a TNSG a ter mais passageiros, reduzindo a sua tarifa”, disse – sem nenhuma avaliação técnica de como se daria uma eventual baixa.

HIPÓTESE – Uma das hipóteses, que sequer foi levantada pela Prefeitura - mas pela empresa concessionária, é a de redução de quilometragem ociosa, conforme antecipado pelo jornal O Correio. Um estudo será feito pela empresa para reduzir em torno 10% da quilometragem atual, de 7,2 mil quilômetros rodados pelos veículos diariamente. Neiron dá a entender que essa redução de quilometragem poderia reduzir a tarifa, o que é negado pela empresa. Essa redução pode simplesmente ajudar a evitar que o valor seja aumentado. O tema deverá ser melhor explicado na segunda reunião do Conselho, que ocorre amanhã, na Prefeitura, a partir das 15h.

 

Importante

Por incrível que pareça, quase nenhum dos componentes do Conselho Municipal de Transporte Urbano é um representante dos interessados diretamente no serviço de transporte público. A relação de presenças no encontro, informada pelo próprio prefeito Neiron Viegas, dá conta da participação da Cacisc, através de Celso Elesbão, Sindicato dos Comerciários, com Celso Rossi, Sindilojas, Felipe Trevisan, Coordenadoria da Juventude (órgão ligado ao governo), Luciana Canto, Ordem dos Advogados, com Marcia Bento, e do Simcasul, com o assessor jurídico Vitor Baisch. Até onde se sabe, nenhum destes dirigentes é usuário ou conhece a fundo a realidade do serviço.

ATENÇÃO

A empresa TNSG foi atacada no encontro, pelo Governo com as negativas, e pelo Sindilojas, com a cobrança de redução da tarifa. “Foi um debate que se voltou contra a gente”, lamentou o diretor operacional da concessionária Waldir Souza. Ele acrescentou ainda que poucos pensam a gestão do sistema na cidade e preferem partir para acusações sem conhecimento de causa. A população está cansada de saber que o custo do serviço é alto, tanto que a própria empresa admite isso. Cabe ao poder público encontrar uma forma de repassar à empresa a possibilidade de manter o serviço que ela presta aos usuários.

     

“Querem reduzir a tarifa, mas não com oba oba”

O diretor da TNSG Waldir Souza lamentou que a Prefeitura esteja apenas discursando que deseja baixar a tarifa sem uma análise técnica aprofundada do assunto. Para ele, o que se está criando é um desejo de reduzir a passagem na base do “oba oba”. Ele explicou que o valor apresentado para elevar a passagem a R$ 2,56 é para atualizar o custo para operacionalização do sistema.

Para chegar a esse cálculo novo – diferente do que fora apresentado no início do ano (R$ 2,94), foram retirados os percentuais de PIS e Cofins, além de ajustes internos que causaram a demissão de pouco mais de 10 funcionários da concessionária, informou. Souza informou que o estudo de redução de quilometragem é uma alternativa para que não seja necessário elevar o valor da passagem.

     

O que aconteceu com as tarifas Brasil afora

Diferente do que vem ocorrendo em Cachoeira do Sul, outros municípios brasileiros tiveram freado seu aumento tarifário aprovado no início do ano após a onda de protestos que ocorreram. Isso aconteceu graças às isenções aprovadas pelo Governo Federal e também pela retirada de impostos feita pelas prefeituras de grandes cidades. O que chama atenção é que a concessionária em Cachoeira não recebeu aumento de passagem.

A Prefeitura local também não percebe que as reduções de impostos municipais foram os recursos utilizados por outros administradores para evitar o aumento das passagens, e não para reduzir a tarifa – como deseja sem critérios a Prefeitura. “Se o Município quiser oferecer uma tarifa justa, precisa abrir a mente e compreender como funciona o serviço. Estamos com as documentações à disposição para mostrar isso”, disse.








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