Subsídio sem aumentar impostos:

Outro fator que deixa os transportes caros são as gratuidades. Ninguém é contra o fato de que idosos, portadores de deficiências e algumas classes trabalhistas tenham direito a essa facilidade, o grande problema é que isso sobrecarrega mais uma vez os passageiros pagantes. Esse passageiro assume gratuidades, congelamento das tarifas e investimentos em mobilidade, mas não vê nenhum retorno para seu bolso pela economia que proporciona aos cofres públicos.

Subsídios, isenções fiscais para os operadores dos transportes ou ações pontuais são importantes para que as distorções não aumentem. Entretanto, a sociedade precisa de uma política definida em relação as tarifas de transporte que seja independente de momentos políticos ou mesmo de mídia. Alguns caminhos possíveis são as desonerações, que são diferentes de isenções momentâneas, além de lutar para fazer com que mais setores da sociedade arquem com os custos de transportes, sem aumentar a carga tributária.

É importante destacar que o país não precisa de mais impostos, são as verbas que devem ser direcionadas de uma maneira melhor. E o mais importante: o discurso de que o aumento das tarifas é o principal vilão do sistema social e econômico deve ser revisto, evitando que apenas uma parte da população pague(e caro) um serviço que beneficia a todos.